domingo, 16 de janeiro de 2011

Globo de Ouro 2011

68ª Entrega dos Globos de Ouro homenageou um dos maiores atores do cinema mundial, Robert de Niro. Elegeu A Rede Social como melhor filme e reconheceu os talentos de Natalie Portman e Colin Firth.


Ah, as premiações americanas! O glamour do tapete vermelho, as constelações em vestidos Versace e smokings Armani. Toda uma festa organizada para receber o supra sumo do cinema hollywoodiano. Eu como cinéfila que sou, adoro ver toda e qualquer premiação, não que eu leve muito a sério, porque, de fato, não levo. A politicagem e interesses industriais que estão em jogo não deixam a arte falar por si só. Ou talvez eu seja exigente demais, mas só talvez.

Este ano, Assossiação de Imprensa Estrangeira em Hollywood (HFPA) reuniu-se para a 68ª entrega dos Globos de Ouro, com apresentação do humorista britânico Ricky Gervais. O prêmio que contempla o cinema e a tv norte-americana teve como principais estrelas: o (superestimado) A Rede Social; a (sempre excelente) Natalie Portman; o (enfim premiado) Colin Firth; a série (agora já nem tão mais queridinha dos descolados de plantão) Glee e (uma das obras-primas do cinema) Toy Story 3.

O chato de tudo é não poder ter visto todos os filmes e séries, do que pude ter acesso, até agora, os melhores filmes ficaram de fora, ou foram completamente ignorados. O que aconteceu com os roteiros instigantes e comoventes de: A Origem; Cisne Negro; Blue Valentine e Não Me Abandone Jamais? A galera no Facebook não curtiu?!

A Origem é um dos poucos blockbusters com conteúdo dos últimos tempos, foi completamente esquecido pela premiação! Em contrapartida mais um filme qualquer de espionagem estrelado por Angelina Jolie e (só Deus sabe porque resolveu aceitar esse papel) Johny Depp, O Turista, que nem no trailer anima o mais alienado dos adolescentes, estava lá, concorrendo na categoria de comédia ou musical (?). Sentiu o dedo da Columbia Pictures aí?!

O prêmio O Cecil B. DeMille, foi entregue a Robert De Niro, pela carreira. O melhor ator norte-americano, ao lado de Dustin Hoffman (na minha opinião), foi aplaudido de pé e viu um clipe com cenas marcantes dos seus filmes de maior sucesso. O diálogo em frente ao espelho de Taxi Driver; a sequência de boxe em Touro Indomável; o beijo forçado na menina que ama de Era Uma Vez na América; a roleta russa de O Franco Atirador; e o genial Vitor Corleone jovem de O Poderoso Chefão II são só algumas das atuações que entraram para a história do cinema.

Cinema:

Entra ano sai ano e minha impressão de blasé quanto aos filmes vencedores de premiações é a mesma. Dos cinco indicados na categoria melhor filme (de drama) eu só não vi O Discurso do Rei, e dos quatro que assistir A Rede Social foi o que menos me interessou. Não foi por falta de boas atuações; ou por uma trilha sonora bem colocada; ou ainda por um roteiro bem escrito, não por isso, mas pura e simplesmente pela falta de emoção. É um filme tecnicamente perfeito e muito bem realizado. David Fincher é aquele famoso diretor que não faz nada pra ser irrelevante. Quanto ao roteiro, dentre os concorrentes, só pude lamentar por A Origem.

Hoje, horas antes da premiação estava vendo O Vencedor (The Fighter), ao ler a sinopese pensei cá com meus botões: "lá vem mais um filme de superação com ares de Rocky Balboa". Olhei o cartaz e vi Mark Whalberg e Christian Bale, fiz uma careta, mas deixei o preconceito de lado e resolvi assistir. O filme é honesto e seu forte são as grandes atuações de Christian Bale e (pirncipalmente) Melisa Leo, merecedores de todo e qualquer prêmio. Amy Adams, tem acertado nas suas escolhas de papéis e este não foi diferente.

RED: Aposentados e Perigosos, eu me pergunto: com Helen Mirren, John Malkovich e Morgan Freeman no elenco o roteiro não poderia ter sido mais digno não?! Acho que única e exclusivamente em respeito ao elenco que este filme figurou entre os indicados a filme de comédia ou musical. Alice no País das Maravilhas... Tim Burton, posso não amar este seu filme? Burlesque não vi ainda, mas pretendo. Minhas Mães e Meus Pais é dentre todos o melhor. Julian Moore; Annette Bening; Mark Ruffalo; Mia Wasikowska e Josh Hutcherson tiveram um roteiro atual, repleto de diálogos divertidíssimos que rendem boas risadas. Annette Benning uma grande atriz que, enfim, recebeu o devido reconhecimento.

Falando em reconhecimento, atores de carreiras consolidadas que sempre se saem bem em tudo que fazem, receberam seus devidos prêmios. Natalie Portman por Cisne Negro; a fragilidade e a sensualidade inerentes a jovem atriz disputaram espaço na tela sob o nome de Nina, a bailarina rainha do Lago dos Cisnes. Colin Firth, que ano passado já merecia; com o excelente Direito de Amar; foi contemplado ao interpretar o rei George VI em O Discurso do Rei. Paul Giamatti, mehor ator ano passado em filme/minissérie para tv (John Adams, HBO), levou o prêmio de melhor ator coadjuvante, desta vez em cinema, pelo inédito Barney's Version.

Àquela categoria que americano ta pouco se lixando, europeu não ta nem aí se foi indicado e eu acabo não vendo quase nenhum dentre os concorrentes a filme estrangeiro. Estou aguardando na sala de cinema mais próxima (ou link da net) para assistir: Bitiful (mexicano); O Concerto (fancês); Kray (russo); Io Solo L'amore (italiano) e o vencedor In a Bette World (dinamarquês).

É preciso um post inteiro para descrever Toy Story 3 e uma linhas e meia para descrever a sensação de desnecessidade para um filme como Enrolados no mundo. Os outros concorrentes na categoria animação: Meu Malvado Favorito; Ilusionista e Como Treinar o Seu Dragão estão na minha lista de "devo assistir". Entretanto, duvido muito que algum deles seja tão genial, sensível e poético quanto o Toy Story 3.

TV:

O cinema hollywoodiano ta numa fase tão "marromenos" que grandes atores e diretores estão investindo na Tv. A exemplo dos irmãos cineastas Ridley e Tony Scott em The Good Wife; Martin Scorse e o premiado Steve Buscemi (aquele ator que você viu em algum filme que não consegue lembrar o título), na melhor série de drama Boardwalk Empire; produzida por Mark Whalberg. Enquanto "projetos de celebridades que pensam ser atores" estrelam produções aclamadas pela crítica, premiadas atrizes do cacife de Laura Linney (melhor atriz de comédia) e Claire Danes (melhor atriz de filme para tv) estão na telinha nos respectivos: The Big C (mais uma produção Showtime que trata de um tema espinhoso, o câncer) e Temple Gardin (filme feito para tv, HBO). Tem de ver isso, aí...

Off the head! Não, não foi a Rainha de Copas (Helena Bonham Carter) quem disse isso nesta premiação, mas ensandecisos no twitter quando Glee ganhou o prêmio de melhor série comédia/musical. Ok, as comédias do momento são The Big Bang Theory e Modern Family, concordo, só não consigo desgostar de Glee, mesmo a segunda temporada sendo fraca. Quanto aos atores: Jane Lynch (Sue Silvester), "again" como atriz coadjuvante, alguém não consegue não rir com aquelas falas?! Chris Colfer (Kurt) como coadjuvante, não foi de todo mal, com o crescimento do seu personagem, o ator saiu-se bem. Merecido mesmo foi o ator de série (musical/comédia) Jim Parsons (Sheldon), BAZINGA!!!

As demais categorias, honestamente não posso avaliar, afinal de contas, quando a pessoa não tem HBO... No mais vide lista dos vencedores.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Adele - Rolling in the Deep

Levante a mão quem esta ansioso pelo segundo álbum de Adele, "21". Ok, todo mundo quer ouvir o esperado novo álbum da cantora inglesa! Enquanto 22 de fevereiro não chega, o single "Rolling in the Deep" serve de aperitivo, contendo duas músicas: "Rolling in the Deep" e "If it Hadn't Been For Love".

Adele (Adkins) é uma das mais gratas e belas vozes que surgiram no cenário musical nos últimos anos. Sua estréia "19" em 2008 lhe garantiu os Grammy's de artista revelação e melhor performance feminina por "Chasing Pavement". A Inglaterra das melhores bandas de rock do mundo, de grandes escritores, agora também lançado as melhores cantoras do mundo, a exemplo de: Adele; Amy Winehouse; Florence (and the Machine) Welch e Laura Marling.



O single arrasa quarteirões Rolling the Deep saiu no finalzinho de dezembro para despedaçar todos os corações. Este fragmento do novo álbum, em particular, parece-me menos jazzistico que o anterior e mais blues, soul e country, isto é, calcado na cultura do sul dos Estados Unidos. A própria Adele classificou o single como: "dark bluesy gospel disco tune". A outra faixa é "If t Hadn't Been For Love", uma versão da música do cantor country Darryl Worley.

Eu morro de medo quando vejo um artista inglês indo para os EUA, parece que eles perdem a sua alma depressiva e melancólica britânica e se transformam em algo parecido com um cowboy ébrio feliz. Sério mesmo! Mas, a tirar pelas duas faixas do single, tudo que posso dizer é que adoro um blues com British accent. O fato é que hoje em dia, as cantoras inglesas soam mais cantoras de raízes americanas, que as próprias norte-americanas.

P.S.: link para download nos comentários.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Álbuns gringos #01 - 15

#01 - I Speak Because I Can (Laura Marling)

Esqueça participações especiais, orquestrações épicas, grandiosidade, vozes cumpridas, nada disso é necessário para Laura Marling. A jovem cantora inglesa que despontou no cenário musical aos 17 anos; com o excelente Alas I Cannot Swim; emociona apenas com sua voz e violão. Agora aos vinte anos, a cantora lançou um delicado e maduro álbum, que deixaria Nick Drake orgulhoso. Os contos narrados pela moça abordam temas como: perda, incertezas, desamores e traição. Sua voz é daquelas que toca a alma. Atenção: Devil's Spoke (video); Rambling Man; What He Wrote; Goodbye Old England (Covered in Snow) e Blackberry Stone.

#02 - The Suburbs (Arcade Fire)

Quando você acha que os canadenses do Arcade Fire não têm mais como se superar eis que eles lançam The Suburbs, o terceiro álbum. Ainda que os indies de plantão continuem a clamar pelo Funeral e eu pelo Neon Bible. Win e Régine são o casal que vive uma história de amor proibida no subúrbio de uma cidade esquecida no meio do Texas. Este é o mais acessível discos da banda, que começa a ganhar projeção no mainstream. Atenção para: The Suburbs; Ready to Start (video); Month Of May; Empty Room; Spraw II e Deep Blue.

#03 - My Beautiful Dark Twisted Fantasy (Kanye West)

Porra, Kanye! Ame ou odeio, temos de dar o braço a torcer, o cara é uma das mentes mais geniais do cenário atual da música. A gradiosiade orquestral deste disco é exatamente o que Kanye busca: o topo. O rapper convidou uma gama de estrelas pra participar: Elton John, Rihanna, Alicia Keys, Ellie Jackson (La Roux) até Jay-Z; todos contribuiram para a construção deste épico. Destaques: Power (video); All Of the Lights; So Appelled; Monster e Gorgeous.


#04 - Brothers (The Black Keys)
Ah, o bom e velho rock and roll com influências blusísticas! O terceiro e brilhante disco da dupla norte-americana é do início ao fim fantástico! Não que os caras façam alguma coisa abaixo da média, mas esse em especial é o que se tem de melhor de rock hoje em dia. Atenção as faixas: Tighten Up (video); Black Mud; The Go Getter; She's Long Gone e The Only One.


#05 - The Archandroid (Janelle Monáe)

Uma fusão de diversos estilos; uma voz incrível; uma banda excelente e uma androide chamada Cindi Mayweather, perseguida por estar apaixonada por um humano, num futuro distante. Assim Janelle Monáe crio uma obra-prima em seu primeiro disco. Destaques: Tightrope (video); Come Alive (The War Of Roses); Make the Bus; Oh, Maker; Cold War e Faster.

#06 - Happiness (Hurts)

Como seria se os caras do Pet Shop Boys e o Tears For Fears resolvessem formar uma banda nos anos 00? Soaria algo parecido com o Hurts. Happiness é uma estréia em grande estilo. A bela voz de Theo Hutchcraft e as melodias de Adam Anderson narram causos amorosos em 47 minutos.
Confiram: Wonderful Life (video); Stay; Better Than Love e Devoltion.

#07 - Amar La Trama (Jorge Drexler)

O mais brasileiros dos uruguaios, Jorge Drexler poderia ser cantor de MPB, não fosse pela geografia. Após o ao vivo Cara B, Drexler apostou na gravação em um take, nos metais e em sua poesia sutil, fazendo assim um dos discos mais gostosos de se ouvir. Destaques: La Trama y El Desenlance (video); Las Transeuntes; Toque de Queda e Mundo Abisal.

#08 - Passive Me, Agressive You (The Naked and Famous)

O quinteto neozelandês conquistou todo mundo com o single Young Blood (video). O indie pop cheio de sintetizadores, vocais femininos e masculinos não parou por aí não, certamente Punching In a Dream grudará na sua cabeça; The Sun lembra um pouco Radiohead e no finalzinho do disco tem a adorável Girls Like You (video).

#09 - Riposte (Buke and Gass)

A palavra que define a estréia dessa dupla do Brooklyn é criatividade. Aron Sanchez e Arone Dyer criaram seus próprios instrumentos: buke (ukulele baritono com 6 cordas); gass (guitarra/baixo) e percussão crua. Resultado? 14 faixas pra derreter o cérebro e cair o queixo. Atenção para: Medulla Oblongata; Medicina; Naked Citie (video) e Sleeps Gets Your Ghost.

#10 - The Lady Killer (Cee Lo Green)

Cee Lo Green pediu licença a Danger Mouse, seu parceiro de Gnarls Barkley, para gravar seu 2° álbum solo. Um disco de uma produção invejável e recheado de boas canções. Além do hit Fuck You (video), há também as não menos excelentes: Love Gun; I Want You; Bodies e Fool For You. R&B de boa qualidade sem ser enjoativo ou repetitivo.

#11 - Night Work (Scissor Sisters)

Scissor Sisters soa retrô em novo disco. Não só soa, como veste-se, porém sua música continua agitando as pistas de danças da mesma maneira que antes. A pegada meio trilha de filme cult oitentista tem seu ápice nas faixas: Runnining Out; Invisible Light; Any Which Way (video) e Fire With Fire.


#12 - The Fool (Warpaint)

Uma banda de garotas que faz um rock psicodélico de primeira linha. The Fool é a estréia dessas californianas, após um elogiado EP. A voz de Emily Kokal pode lembrar Cat Power em alguns momentos. Feche os olhos, ouça o disco e desfrute das melodias viajantes. Destaques: Set Your Arms Down; Shadows; Warpaint; Undertow e Bees. Ouça o álbum aqui.

#13 - The Hundred in the Hands (The Hundred in the Hands)

A dupla de electropop do Brooklyn lançou um dos debuts mais legais e viciantes do ano. Ao todo são onze faixas pra dançar ao melhor estilo diva indie na balada (seja lá o que isso queira dizer). Minhas favoritas: Lovesick (Once Again); Pigeons (video); Gold Blood; Dressed in Dresden e Last City.


#14 - Gorilla Manor (Local Natives)

Este é o tipo de disco que a primeira audição já se gosta. O quinteto californianos faz um som calcado em harmonias de guitarras, vocais suaves e percussão agitada. Em suma, um indie rock com alma. Não tem como não ficar indiferente a: Who Knows Who Cares (video); Cubism Dream; World News; Camrea Talk e Warning Sing.


#15 - The Creatures in the Garden Of Lady Walton (Clogs)

O mundo precisa de mais bandas como o Clogs. O quarteto liderado pelo multi-instrumentista australiano Padma Newsome, neste quinto álbum manteve o delicado e belíssimo instrumental dos trabalhos anteriores, a diferença foi o grande número de músicas cantadas. Atenção para: Red Seas; Last Song (video); The Owl Of Love e To Hugo.

Álbuns Gringos 2010 #16 - 25

#16 - Rock Dust Light Star (Jamiroquai)

Jay Kay e cia continuam com a mesma fórmula de sempre e seus discos com a mesma qualidade Jamiroquai de ser. A idéia é dançar e se divertir a todo momento. Musicalmente a banda continua um deleite, para os dançarinos de plantão, rende várias trilhas de balada. Destaque: White Knuckle Ride; Blue Skies (video); Hurtin'; All Good in the Hood.

#17 - Eliza Doolittle (Eliza Doolittle)

Essa jovem cantora britânca, com nome de personagem do musical My Fair Lady, tem uma voz expressiva e agradável, leve e fácil de se ouvir e é assim que seu disco de estréia. Na primeira audição você vai sai por aí cantarolando: Skinny Genes; Moneybox; Rollarblades e Pack Up (video). Eis um pop de qualidade, sem vulgaridade ou beats pré-fabricados.

#18 - I Learned the Hard Way (Sharon Jones and the Dap Kings)

Soul music com selo de qualidade a lá Motown. Se existe uma cantora que soa anos 60 com luz própria, meus caros, esta é Sharon Jones. A veterana, fez uma "masterpiece" em seu 4° trabalho, ao lado dos impecáveis Dap Kings. Destaques: The Reason; Better Things to Do; Mama Don't Like My Man e I Learned the Hard Way (video).

#19 - Total Life Forever (Foals)

O debut dos ingleses tinha nome e sobrenome: pista de dança. Total Life Forever (2° disco) não deixa de nos querer fazer dançar, mas agora, de uma maneira menos frenética. A maturidade das letras e os riffs calculadamente repetidos agradam e muito! Destaque para: Miami (video); Total Life Forever; Black Gold e After Glow.

#20 - Tango 3.0 (Gotan Project)

O tango eletrônico do trio: Eduardo Makaroff, Phillip Solal e Cristoph Müller, continua agradando, em seu terceiro álbum de inéditas. Aconselho uma audição em uma manhã tediosa, seu dia vai ficar bem melhor ao som de: Rayuela (video); De Hombre a Hombre; Tango Square e La Gloria. Caso não dê certo, bem, meu caro, boa sorte, você acordou de mal humor.


#21 - The Sea (Corinne Bailey Rae)

Este é um atestado de maturidade da cantora inglesa. Um trabalho profundo e melancólico, em que Corinne canta suas tristezas pela perda do marido: Are You Here. Aumente o volume nas seguintes faixas: Blackest Lily; Paris Nights/ New York Mornings (video); Closer e Paper Doll. Àqueles que não a conhecem, eis um bom disco para começar.

#22 - Down the Way (Angus and Julia Stone)

Os irmãos australianos Angus e Julia têm vozes completamente distintas. Alternando-se nos vocais; um canta uma música, outro em outra; eles lançaram o seu 2° álbum. Ele é um cantor de folk brilhante: Black Crow; Big Jet Plaine (video); Yellow Brick Road. Ela: uma voz para poucos, delicada e sutil: Hold On (video) e And the Boys.

#23 - The Family Jewels (Marina and The Diamonds)

A artista para ficar de olho em 2010, segundo a lista da BBC, fez um álbum pop, mostrando um potencial imenso. Se a idéia for dançar, este é um bom disco. O pop chiclete com ares de pista de dança estão em: Shampain; Oh No! (video) e Are You Satisfied?. Este é, acima de tudo, um disco divertido, sem pretensiosismo.

#24 - The Age Of Adz (Sufjan Stevens)

O músico Sufjan Stevens, largou mão do seu violão e sua sutileza melódica e embarcou nos beats eletrônicos, para descrever a terra de um homem perturbado, num futuro apocalíptico. A desconstrução da música eletrônica com um fundo orquestral faz todo sentido neste mundo atordoado. Atenção para as excelentes: Futile Devices; I Walked e Now That I'm Older.

#25 - This is Happening (LCD Soundsystem)

Reza a lenda que este é o último álbum do LCD Soundsystem, se for o caso, James Murphy e companhia tiveram uma bela despedida. As tiradas sarcásticas e as batidas eletrônicas certeiras continuam sendo o prato principal do grupo. Destaques para: Drunk Gilrs (video), All I Want e I Can Change.

Álbuns Nacionais 2010 #01 - 10

2011 chegou, com ele também as diversas premiações dos melhores do ano (passado) consigo. Bom, eu adoro fazer listinhas, logo, selecionei os meus 10 discos favoritos. E olhe, a safra de novos artistas brazucas foi farta, tem para todos os paladares.

#01 - Efêmera (Tulipa Ruiz)

Voz límpida e delicada, nome de flor e um disco que vai bem a qualquer momento, assim é Tulipa Ruiz. A mais grata surpresa da música popular braisleira canta seu cotidiano em onze faixas. Sem medo de dizer, uma das mais belas vozes que já ouvi. A jovem paulistana de "efêmera" não tem nada, vida longa ao seu talento! O single matador: Às Vezes; as dançantes: A Ordem das Árvores; Brocal Dourado e Efêmera; e a balada Do Amor, fazem deste o melhor álbum do ano (passado).


#02 - Feito Pra Acabar (Marcelo Jeneci)

Músico de longa estrada, Jeneci escolheu o momento exato para lançar uma obra-prima. Não se engane com o título, sua música veio pra ficar! O lirísmo dos arranjos e as letras românticas, sem medo de soar piegas, ou meio Roberto Carlos, como em: Quarto de Dormir. As lindas: Dar-Te-Ei; Felicidade e Pra Sonhar. As dançantes: Copo D'Água; Café com Leite de Rosas e Pense Duas Vezes Antes de Esquecer. Álbum obrigatório pra quem gosta de música brasileira de qualidade.


#03 - Lero-Lero (Luísa Maita)

Depois de ter suas composições gravadas por Virgínia Rosa e Mariana Aydar, eis que Luísa Maita, enfim, estréia com um disco repleto de boas letras e sambas certeiros. Compositora de mão cheia, Maita escreveu uma das mais belas canções do ano : Fulaninha; causos do morro carioca: Desencabulada; ou mesmo seu cotidiano: Alento. Mais uma cantora/compositora talentosa da nova geração, guardem esse nome!

#04 - Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias (Vanessa da Mata)

Depois da obra-prima Vermelho, tudo que Vanessa da Mata fizer será comparado ao disco de 2007. No entanto, o seu 4° trabalho (de inéditas) não deixa a desejar em momento algum, mantém o alto nível. Seja narrando as pequenas alegrias: Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias; criticando o consumismo: Bolsa de Grife; em parceria com Gilberto Gil: Quando Amanhecer; ou simplesmente apaixonada: Te Amo. Vanessa da Mata agrada sempre!

#05 - Do Amor (Do Amor)

O que acontece quando um grupo de músicos tarimbados se reúne pra tocar, por pura diversão? O homônimo e divertidíssimo álbum de estréia da banda Do Amor. É um disco de rock, vale salientar, que visita os mais diversos lugares do país, Bahia: Pepeu Baixou em Mim; Pará: Isso é Carimbó; Rio de Janeiro: Morena Russa. A impagável regravação de Lindo Lago Do Amor! Afaste os móveis da sala e aperte o play.


#06 - Apanhador Só (Apanhador Só)

Os gaúchos do Apanhador Só lançaram um dos melhores discos de estréia de 2010, só tem um problema: conseguir parar de escutar Um Rei e o Zé, a primeira faixa das treze. Aperte repeat em Prédio; Nescafé (uma das melhores canções de amor do ano); e já no finalzinho do disco: E Se Não Der. Enfim um grupo de rock de qualidade e com conteúdo.



#07 - Ponto Enredo (Pedro Luis e a Parede)

O Plab soa menos samba neste novo trabalho, mas não menos interessante. A produção é assinada por ninguém menos que Lenine. Com participações especiais de Zeca Pagodinho (Ela tem a Beleza que Eu Nunca Sonhei) ; Roberta Sá (Luz da Nobreza) e o próprio produtor (4 Horizontes). Após um jejum de 7 anos, eis mais um trabalho de qualidade dos cariocas.




#08 - Quando o Canto é Reza (Roberta Sá e Trio Madeira)

Até agora Roberta Sá não errou em nada, são quatro álbuns excelentes. Em seu terceiro disco (de estúdio), ela contou com a luxuosa participação do Trio Madeira e o repertório do sambista baiano Roque Ferreira. Um disco para ser apreciado, com arranjos ricos e produção impecável. Ouçam: Chita Fina; Água da Minha Sede; Tô Fora e Xirê.


#09 - Las Venus Resort Place Hotel (Cibelle)

Cibelle se jogou no brega, flertou com o circense, namorou a tropicália e ainda se tornou Sonja Kahalecallon, recepcionista de um resort intergalático. O seu terceiro álbum é completamente diferente do antecessor e genial na mesma medida. Destaques para: Lightworks; Frankestein; Escute Bem e Sapato Azul.

P.S.: Dá uma sacada na arte da capa, tinha de ser Cibelle, FODA!!!



#10 - Vermelho (Nina Becker)

Longe da Orquestra Imperial, Nina Becker lançou seus primeiros trabalhos: Azul e Vermelho. O resultado: dois agradáveis e delicados álbuns, como sua voz. O balanço, samba-canção, de Toc Toc é para dançar a dois, de preferência a beira-mar. Atenção para De Um Amor em Paz e Lágrimas Negras.