quarta-feira, 30 de março de 2011

#Mix Tape 1

O blog não morreu! Seguinte, pessoal, a falta de tempo e um pouco de preguiça também, foram reponsáveis por esse meu afastamento. Em todo caso, agora que o carnaval passou (e o ano finalmente começou) resolvi fazer essa primeira mix tape, que nada mais é que, um apanhado musical de artistas brasileiros que tenho escutado com frequência, esses dias.

[Música Brasileira #01 - MixTape 2011]



Faixas:

01. Efêmera
Artista: Tulipa Ruiz / Álbum: Efêmera (2010)

02. Haru
Artista: Bárbara Eugênia / Álbum: Journal BAD (2010)

03 . Copo D'água
Artista: Marcelo Jeneci / Álbum: Feito Pra Acabar (2010)

04 . Onde Foi Parar Você
Artista: Cohen e Marcela / Álbum: MiM: Um Disco Romântico (2010)

05. Saga
Artista: Filipe Catto / Álbum: Saga (2009)

06. Alento
Artista: Luísa Maita / Álbum: Lero-Lero (2010)

07. A Grande Preocupação
Artista: Thiago Corrêa / Álbum: A Grande Preocupação (2009)

08. Tudo Bem
Artista: Garotas Suecas /Álbum: Escaldante Banda (2010)

09. Decência
Artista: Cérebro Eletrônico / Álbum: Deus e o Diabo no Liquidificador (2010)

10. Coracion
Artista: Banda Gentileza / Álbum: Banda Gentileza (2009)

11. Sapato Azul
Artista: Cibelle / Álbum: Las Venus Resort Palace Hotel (2010)

12. Quando Amanhecer
Artista: Vanessa da Mata / Álbum: Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias (2010)

13. Pisa Morena
Artista: Cabruêra / Álbum: Visagem (2010)

14. Nostalgia
Artista: João e Os Poetas de Cabelo Solto / Álbum: EP João (2010)

15. Um Rei e o Zé
Artista: Apanhador Só / Álbum: Apanhador Só (2010)

16. Ska
Artista: Pato Fú / Álbum: Música de Brinquedo (2010)

17. Levando a Vida Assim
Artista: Penna Firme / Álbum: Levando a Vida Assim (2010)

Baixar

domingo, 16 de janeiro de 2011

Globo de Ouro 2011

68ª Entrega dos Globos de Ouro homenageou um dos maiores atores do cinema mundial, Robert de Niro. Elegeu A Rede Social como melhor filme e reconheceu os talentos de Natalie Portman e Colin Firth.


Ah, as premiações americanas! O glamour do tapete vermelho, as constelações em vestidos Versace e smokings Armani. Toda uma festa organizada para receber o supra sumo do cinema hollywoodiano. Eu como cinéfila que sou, adoro ver toda e qualquer premiação, não que eu leve muito a sério, porque, de fato, não levo. A politicagem e interesses industriais que estão em jogo não deixam a arte falar por si só. Ou talvez eu seja exigente demais, mas só talvez.

Este ano, Assossiação de Imprensa Estrangeira em Hollywood (HFPA) reuniu-se para a 68ª entrega dos Globos de Ouro, com apresentação do humorista britânico Ricky Gervais. O prêmio que contempla o cinema e a tv norte-americana teve como principais estrelas: o (superestimado) A Rede Social; a (sempre excelente) Natalie Portman; o (enfim premiado) Colin Firth; a série (agora já nem tão mais queridinha dos descolados de plantão) Glee e (uma das obras-primas do cinema) Toy Story 3.

O chato de tudo é não poder ter visto todos os filmes e séries, do que pude ter acesso, até agora, os melhores filmes ficaram de fora, ou foram completamente ignorados. O que aconteceu com os roteiros instigantes e comoventes de: A Origem; Cisne Negro; Blue Valentine e Não Me Abandone Jamais? A galera no Facebook não curtiu?!

A Origem é um dos poucos blockbusters com conteúdo dos últimos tempos, foi completamente esquecido pela premiação! Em contrapartida mais um filme qualquer de espionagem estrelado por Angelina Jolie e (só Deus sabe porque resolveu aceitar esse papel) Johny Depp, O Turista, que nem no trailer anima o mais alienado dos adolescentes, estava lá, concorrendo na categoria de comédia ou musical (?). Sentiu o dedo da Columbia Pictures aí?!

O prêmio O Cecil B. DeMille, foi entregue a Robert De Niro, pela carreira. O melhor ator norte-americano, ao lado de Dustin Hoffman (na minha opinião), foi aplaudido de pé e viu um clipe com cenas marcantes dos seus filmes de maior sucesso. O diálogo em frente ao espelho de Taxi Driver; a sequência de boxe em Touro Indomável; o beijo forçado na menina que ama de Era Uma Vez na América; a roleta russa de O Franco Atirador; e o genial Vitor Corleone jovem de O Poderoso Chefão II são só algumas das atuações que entraram para a história do cinema.

Cinema:

Entra ano sai ano e minha impressão de blasé quanto aos filmes vencedores de premiações é a mesma. Dos cinco indicados na categoria melhor filme (de drama) eu só não vi O Discurso do Rei, e dos quatro que assistir A Rede Social foi o que menos me interessou. Não foi por falta de boas atuações; ou por uma trilha sonora bem colocada; ou ainda por um roteiro bem escrito, não por isso, mas pura e simplesmente pela falta de emoção. É um filme tecnicamente perfeito e muito bem realizado. David Fincher é aquele famoso diretor que não faz nada pra ser irrelevante. Quanto ao roteiro, dentre os concorrentes, só pude lamentar por A Origem.

Hoje, horas antes da premiação estava vendo O Vencedor (The Fighter), ao ler a sinopese pensei cá com meus botões: "lá vem mais um filme de superação com ares de Rocky Balboa". Olhei o cartaz e vi Mark Whalberg e Christian Bale, fiz uma careta, mas deixei o preconceito de lado e resolvi assistir. O filme é honesto e seu forte são as grandes atuações de Christian Bale e (pirncipalmente) Melisa Leo, merecedores de todo e qualquer prêmio. Amy Adams, tem acertado nas suas escolhas de papéis e este não foi diferente.

RED: Aposentados e Perigosos, eu me pergunto: com Helen Mirren, John Malkovich e Morgan Freeman no elenco o roteiro não poderia ter sido mais digno não?! Acho que única e exclusivamente em respeito ao elenco que este filme figurou entre os indicados a filme de comédia ou musical. Alice no País das Maravilhas... Tim Burton, posso não amar este seu filme? Burlesque não vi ainda, mas pretendo. Minhas Mães e Meus Pais é dentre todos o melhor. Julian Moore; Annette Bening; Mark Ruffalo; Mia Wasikowska e Josh Hutcherson tiveram um roteiro atual, repleto de diálogos divertidíssimos que rendem boas risadas. Annette Benning uma grande atriz que, enfim, recebeu o devido reconhecimento.

Falando em reconhecimento, atores de carreiras consolidadas que sempre se saem bem em tudo que fazem, receberam seus devidos prêmios. Natalie Portman por Cisne Negro; a fragilidade e a sensualidade inerentes a jovem atriz disputaram espaço na tela sob o nome de Nina, a bailarina rainha do Lago dos Cisnes. Colin Firth, que ano passado já merecia; com o excelente Direito de Amar; foi contemplado ao interpretar o rei George VI em O Discurso do Rei. Paul Giamatti, mehor ator ano passado em filme/minissérie para tv (John Adams, HBO), levou o prêmio de melhor ator coadjuvante, desta vez em cinema, pelo inédito Barney's Version.

Àquela categoria que americano ta pouco se lixando, europeu não ta nem aí se foi indicado e eu acabo não vendo quase nenhum dentre os concorrentes a filme estrangeiro. Estou aguardando na sala de cinema mais próxima (ou link da net) para assistir: Bitiful (mexicano); O Concerto (fancês); Kray (russo); Io Solo L'amore (italiano) e o vencedor In a Bette World (dinamarquês).

É preciso um post inteiro para descrever Toy Story 3 e uma linhas e meia para descrever a sensação de desnecessidade para um filme como Enrolados no mundo. Os outros concorrentes na categoria animação: Meu Malvado Favorito; Ilusionista e Como Treinar o Seu Dragão estão na minha lista de "devo assistir". Entretanto, duvido muito que algum deles seja tão genial, sensível e poético quanto o Toy Story 3.

TV:

O cinema hollywoodiano ta numa fase tão "marromenos" que grandes atores e diretores estão investindo na Tv. A exemplo dos irmãos cineastas Ridley e Tony Scott em The Good Wife; Martin Scorse e o premiado Steve Buscemi (aquele ator que você viu em algum filme que não consegue lembrar o título), na melhor série de drama Boardwalk Empire; produzida por Mark Whalberg. Enquanto "projetos de celebridades que pensam ser atores" estrelam produções aclamadas pela crítica, premiadas atrizes do cacife de Laura Linney (melhor atriz de comédia) e Claire Danes (melhor atriz de filme para tv) estão na telinha nos respectivos: The Big C (mais uma produção Showtime que trata de um tema espinhoso, o câncer) e Temple Gardin (filme feito para tv, HBO). Tem de ver isso, aí...

Off the head! Não, não foi a Rainha de Copas (Helena Bonham Carter) quem disse isso nesta premiação, mas ensandecisos no twitter quando Glee ganhou o prêmio de melhor série comédia/musical. Ok, as comédias do momento são The Big Bang Theory e Modern Family, concordo, só não consigo desgostar de Glee, mesmo a segunda temporada sendo fraca. Quanto aos atores: Jane Lynch (Sue Silvester), "again" como atriz coadjuvante, alguém não consegue não rir com aquelas falas?! Chris Colfer (Kurt) como coadjuvante, não foi de todo mal, com o crescimento do seu personagem, o ator saiu-se bem. Merecido mesmo foi o ator de série (musical/comédia) Jim Parsons (Sheldon), BAZINGA!!!

As demais categorias, honestamente não posso avaliar, afinal de contas, quando a pessoa não tem HBO... No mais vide lista dos vencedores.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Adele - Rolling in the Deep

Levante a mão quem esta ansioso pelo segundo álbum de Adele, "21". Ok, todo mundo quer ouvir o esperado novo álbum da cantora inglesa! Enquanto 22 de fevereiro não chega, o single "Rolling in the Deep" serve de aperitivo, contendo duas músicas: "Rolling in the Deep" e "If it Hadn't Been For Love".

Adele (Adkins) é uma das mais gratas e belas vozes que surgiram no cenário musical nos últimos anos. Sua estréia "19" em 2008 lhe garantiu os Grammy's de artista revelação e melhor performance feminina por "Chasing Pavement". A Inglaterra das melhores bandas de rock do mundo, de grandes escritores, agora também lançado as melhores cantoras do mundo, a exemplo de: Adele; Amy Winehouse; Florence (and the Machine) Welch e Laura Marling.



O single arrasa quarteirões Rolling the Deep saiu no finalzinho de dezembro para despedaçar todos os corações. Este fragmento do novo álbum, em particular, parece-me menos jazzistico que o anterior e mais blues, soul e country, isto é, calcado na cultura do sul dos Estados Unidos. A própria Adele classificou o single como: "dark bluesy gospel disco tune". A outra faixa é "If t Hadn't Been For Love", uma versão da música do cantor country Darryl Worley.

Eu morro de medo quando vejo um artista inglês indo para os EUA, parece que eles perdem a sua alma depressiva e melancólica britânica e se transformam em algo parecido com um cowboy ébrio feliz. Sério mesmo! Mas, a tirar pelas duas faixas do single, tudo que posso dizer é que adoro um blues com British accent. O fato é que hoje em dia, as cantoras inglesas soam mais cantoras de raízes americanas, que as próprias norte-americanas.

P.S.: link para download nos comentários.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Álbuns gringos #01 - 15

#01 - I Speak Because I Can (Laura Marling)

Esqueça participações especiais, orquestrações épicas, grandiosidade, vozes cumpridas, nada disso é necessário para Laura Marling. A jovem cantora inglesa que despontou no cenário musical aos 17 anos; com o excelente Alas I Cannot Swim; emociona apenas com sua voz e violão. Agora aos vinte anos, a cantora lançou um delicado e maduro álbum, que deixaria Nick Drake orgulhoso. Os contos narrados pela moça abordam temas como: perda, incertezas, desamores e traição. Sua voz é daquelas que toca a alma. Atenção: Devil's Spoke (video); Rambling Man; What He Wrote; Goodbye Old England (Covered in Snow) e Blackberry Stone.

#02 - The Suburbs (Arcade Fire)

Quando você acha que os canadenses do Arcade Fire não têm mais como se superar eis que eles lançam The Suburbs, o terceiro álbum. Ainda que os indies de plantão continuem a clamar pelo Funeral e eu pelo Neon Bible. Win e Régine são o casal que vive uma história de amor proibida no subúrbio de uma cidade esquecida no meio do Texas. Este é o mais acessível discos da banda, que começa a ganhar projeção no mainstream. Atenção para: The Suburbs; Ready to Start (video); Month Of May; Empty Room; Spraw II e Deep Blue.

#03 - My Beautiful Dark Twisted Fantasy (Kanye West)

Porra, Kanye! Ame ou odeio, temos de dar o braço a torcer, o cara é uma das mentes mais geniais do cenário atual da música. A gradiosiade orquestral deste disco é exatamente o que Kanye busca: o topo. O rapper convidou uma gama de estrelas pra participar: Elton John, Rihanna, Alicia Keys, Ellie Jackson (La Roux) até Jay-Z; todos contribuiram para a construção deste épico. Destaques: Power (video); All Of the Lights; So Appelled; Monster e Gorgeous.


#04 - Brothers (The Black Keys)
Ah, o bom e velho rock and roll com influências blusísticas! O terceiro e brilhante disco da dupla norte-americana é do início ao fim fantástico! Não que os caras façam alguma coisa abaixo da média, mas esse em especial é o que se tem de melhor de rock hoje em dia. Atenção as faixas: Tighten Up (video); Black Mud; The Go Getter; She's Long Gone e The Only One.


#05 - The Archandroid (Janelle Monáe)

Uma fusão de diversos estilos; uma voz incrível; uma banda excelente e uma androide chamada Cindi Mayweather, perseguida por estar apaixonada por um humano, num futuro distante. Assim Janelle Monáe crio uma obra-prima em seu primeiro disco. Destaques: Tightrope (video); Come Alive (The War Of Roses); Make the Bus; Oh, Maker; Cold War e Faster.

#06 - Happiness (Hurts)

Como seria se os caras do Pet Shop Boys e o Tears For Fears resolvessem formar uma banda nos anos 00? Soaria algo parecido com o Hurts. Happiness é uma estréia em grande estilo. A bela voz de Theo Hutchcraft e as melodias de Adam Anderson narram causos amorosos em 47 minutos.
Confiram: Wonderful Life (video); Stay; Better Than Love e Devoltion.

#07 - Amar La Trama (Jorge Drexler)

O mais brasileiros dos uruguaios, Jorge Drexler poderia ser cantor de MPB, não fosse pela geografia. Após o ao vivo Cara B, Drexler apostou na gravação em um take, nos metais e em sua poesia sutil, fazendo assim um dos discos mais gostosos de se ouvir. Destaques: La Trama y El Desenlance (video); Las Transeuntes; Toque de Queda e Mundo Abisal.

#08 - Passive Me, Agressive You (The Naked and Famous)

O quinteto neozelandês conquistou todo mundo com o single Young Blood (video). O indie pop cheio de sintetizadores, vocais femininos e masculinos não parou por aí não, certamente Punching In a Dream grudará na sua cabeça; The Sun lembra um pouco Radiohead e no finalzinho do disco tem a adorável Girls Like You (video).

#09 - Riposte (Buke and Gass)

A palavra que define a estréia dessa dupla do Brooklyn é criatividade. Aron Sanchez e Arone Dyer criaram seus próprios instrumentos: buke (ukulele baritono com 6 cordas); gass (guitarra/baixo) e percussão crua. Resultado? 14 faixas pra derreter o cérebro e cair o queixo. Atenção para: Medulla Oblongata; Medicina; Naked Citie (video) e Sleeps Gets Your Ghost.

#10 - The Lady Killer (Cee Lo Green)

Cee Lo Green pediu licença a Danger Mouse, seu parceiro de Gnarls Barkley, para gravar seu 2° álbum solo. Um disco de uma produção invejável e recheado de boas canções. Além do hit Fuck You (video), há também as não menos excelentes: Love Gun; I Want You; Bodies e Fool For You. R&B de boa qualidade sem ser enjoativo ou repetitivo.

#11 - Night Work (Scissor Sisters)

Scissor Sisters soa retrô em novo disco. Não só soa, como veste-se, porém sua música continua agitando as pistas de danças da mesma maneira que antes. A pegada meio trilha de filme cult oitentista tem seu ápice nas faixas: Runnining Out; Invisible Light; Any Which Way (video) e Fire With Fire.


#12 - The Fool (Warpaint)

Uma banda de garotas que faz um rock psicodélico de primeira linha. The Fool é a estréia dessas californianas, após um elogiado EP. A voz de Emily Kokal pode lembrar Cat Power em alguns momentos. Feche os olhos, ouça o disco e desfrute das melodias viajantes. Destaques: Set Your Arms Down; Shadows; Warpaint; Undertow e Bees. Ouça o álbum aqui.

#13 - The Hundred in the Hands (The Hundred in the Hands)

A dupla de electropop do Brooklyn lançou um dos debuts mais legais e viciantes do ano. Ao todo são onze faixas pra dançar ao melhor estilo diva indie na balada (seja lá o que isso queira dizer). Minhas favoritas: Lovesick (Once Again); Pigeons (video); Gold Blood; Dressed in Dresden e Last City.


#14 - Gorilla Manor (Local Natives)

Este é o tipo de disco que a primeira audição já se gosta. O quinteto californianos faz um som calcado em harmonias de guitarras, vocais suaves e percussão agitada. Em suma, um indie rock com alma. Não tem como não ficar indiferente a: Who Knows Who Cares (video); Cubism Dream; World News; Camrea Talk e Warning Sing.


#15 - The Creatures in the Garden Of Lady Walton (Clogs)

O mundo precisa de mais bandas como o Clogs. O quarteto liderado pelo multi-instrumentista australiano Padma Newsome, neste quinto álbum manteve o delicado e belíssimo instrumental dos trabalhos anteriores, a diferença foi o grande número de músicas cantadas. Atenção para: Red Seas; Last Song (video); The Owl Of Love e To Hugo.

Álbuns Gringos 2010 #16 - 25

#16 - Rock Dust Light Star (Jamiroquai)

Jay Kay e cia continuam com a mesma fórmula de sempre e seus discos com a mesma qualidade Jamiroquai de ser. A idéia é dançar e se divertir a todo momento. Musicalmente a banda continua um deleite, para os dançarinos de plantão, rende várias trilhas de balada. Destaque: White Knuckle Ride; Blue Skies (video); Hurtin'; All Good in the Hood.

#17 - Eliza Doolittle (Eliza Doolittle)

Essa jovem cantora britânca, com nome de personagem do musical My Fair Lady, tem uma voz expressiva e agradável, leve e fácil de se ouvir e é assim que seu disco de estréia. Na primeira audição você vai sai por aí cantarolando: Skinny Genes; Moneybox; Rollarblades e Pack Up (video). Eis um pop de qualidade, sem vulgaridade ou beats pré-fabricados.

#18 - I Learned the Hard Way (Sharon Jones and the Dap Kings)

Soul music com selo de qualidade a lá Motown. Se existe uma cantora que soa anos 60 com luz própria, meus caros, esta é Sharon Jones. A veterana, fez uma "masterpiece" em seu 4° trabalho, ao lado dos impecáveis Dap Kings. Destaques: The Reason; Better Things to Do; Mama Don't Like My Man e I Learned the Hard Way (video).

#19 - Total Life Forever (Foals)

O debut dos ingleses tinha nome e sobrenome: pista de dança. Total Life Forever (2° disco) não deixa de nos querer fazer dançar, mas agora, de uma maneira menos frenética. A maturidade das letras e os riffs calculadamente repetidos agradam e muito! Destaque para: Miami (video); Total Life Forever; Black Gold e After Glow.

#20 - Tango 3.0 (Gotan Project)

O tango eletrônico do trio: Eduardo Makaroff, Phillip Solal e Cristoph Müller, continua agradando, em seu terceiro álbum de inéditas. Aconselho uma audição em uma manhã tediosa, seu dia vai ficar bem melhor ao som de: Rayuela (video); De Hombre a Hombre; Tango Square e La Gloria. Caso não dê certo, bem, meu caro, boa sorte, você acordou de mal humor.


#21 - The Sea (Corinne Bailey Rae)

Este é um atestado de maturidade da cantora inglesa. Um trabalho profundo e melancólico, em que Corinne canta suas tristezas pela perda do marido: Are You Here. Aumente o volume nas seguintes faixas: Blackest Lily; Paris Nights/ New York Mornings (video); Closer e Paper Doll. Àqueles que não a conhecem, eis um bom disco para começar.

#22 - Down the Way (Angus and Julia Stone)

Os irmãos australianos Angus e Julia têm vozes completamente distintas. Alternando-se nos vocais; um canta uma música, outro em outra; eles lançaram o seu 2° álbum. Ele é um cantor de folk brilhante: Black Crow; Big Jet Plaine (video); Yellow Brick Road. Ela: uma voz para poucos, delicada e sutil: Hold On (video) e And the Boys.

#23 - The Family Jewels (Marina and The Diamonds)

A artista para ficar de olho em 2010, segundo a lista da BBC, fez um álbum pop, mostrando um potencial imenso. Se a idéia for dançar, este é um bom disco. O pop chiclete com ares de pista de dança estão em: Shampain; Oh No! (video) e Are You Satisfied?. Este é, acima de tudo, um disco divertido, sem pretensiosismo.

#24 - The Age Of Adz (Sufjan Stevens)

O músico Sufjan Stevens, largou mão do seu violão e sua sutileza melódica e embarcou nos beats eletrônicos, para descrever a terra de um homem perturbado, num futuro apocalíptico. A desconstrução da música eletrônica com um fundo orquestral faz todo sentido neste mundo atordoado. Atenção para as excelentes: Futile Devices; I Walked e Now That I'm Older.

#25 - This is Happening (LCD Soundsystem)

Reza a lenda que este é o último álbum do LCD Soundsystem, se for o caso, James Murphy e companhia tiveram uma bela despedida. As tiradas sarcásticas e as batidas eletrônicas certeiras continuam sendo o prato principal do grupo. Destaques para: Drunk Gilrs (video), All I Want e I Can Change.

Álbuns Nacionais 2010 #01 - 10

2011 chegou, com ele também as diversas premiações dos melhores do ano (passado) consigo. Bom, eu adoro fazer listinhas, logo, selecionei os meus 10 discos favoritos. E olhe, a safra de novos artistas brazucas foi farta, tem para todos os paladares.

#01 - Efêmera (Tulipa Ruiz)

Voz límpida e delicada, nome de flor e um disco que vai bem a qualquer momento, assim é Tulipa Ruiz. A mais grata surpresa da música popular braisleira canta seu cotidiano em onze faixas. Sem medo de dizer, uma das mais belas vozes que já ouvi. A jovem paulistana de "efêmera" não tem nada, vida longa ao seu talento! O single matador: Às Vezes; as dançantes: A Ordem das Árvores; Brocal Dourado e Efêmera; e a balada Do Amor, fazem deste o melhor álbum do ano (passado).


#02 - Feito Pra Acabar (Marcelo Jeneci)

Músico de longa estrada, Jeneci escolheu o momento exato para lançar uma obra-prima. Não se engane com o título, sua música veio pra ficar! O lirísmo dos arranjos e as letras românticas, sem medo de soar piegas, ou meio Roberto Carlos, como em: Quarto de Dormir. As lindas: Dar-Te-Ei; Felicidade e Pra Sonhar. As dançantes: Copo D'Água; Café com Leite de Rosas e Pense Duas Vezes Antes de Esquecer. Álbum obrigatório pra quem gosta de música brasileira de qualidade.


#03 - Lero-Lero (Luísa Maita)

Depois de ter suas composições gravadas por Virgínia Rosa e Mariana Aydar, eis que Luísa Maita, enfim, estréia com um disco repleto de boas letras e sambas certeiros. Compositora de mão cheia, Maita escreveu uma das mais belas canções do ano : Fulaninha; causos do morro carioca: Desencabulada; ou mesmo seu cotidiano: Alento. Mais uma cantora/compositora talentosa da nova geração, guardem esse nome!

#04 - Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias (Vanessa da Mata)

Depois da obra-prima Vermelho, tudo que Vanessa da Mata fizer será comparado ao disco de 2007. No entanto, o seu 4° trabalho (de inéditas) não deixa a desejar em momento algum, mantém o alto nível. Seja narrando as pequenas alegrias: Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias; criticando o consumismo: Bolsa de Grife; em parceria com Gilberto Gil: Quando Amanhecer; ou simplesmente apaixonada: Te Amo. Vanessa da Mata agrada sempre!

#05 - Do Amor (Do Amor)

O que acontece quando um grupo de músicos tarimbados se reúne pra tocar, por pura diversão? O homônimo e divertidíssimo álbum de estréia da banda Do Amor. É um disco de rock, vale salientar, que visita os mais diversos lugares do país, Bahia: Pepeu Baixou em Mim; Pará: Isso é Carimbó; Rio de Janeiro: Morena Russa. A impagável regravação de Lindo Lago Do Amor! Afaste os móveis da sala e aperte o play.


#06 - Apanhador Só (Apanhador Só)

Os gaúchos do Apanhador Só lançaram um dos melhores discos de estréia de 2010, só tem um problema: conseguir parar de escutar Um Rei e o Zé, a primeira faixa das treze. Aperte repeat em Prédio; Nescafé (uma das melhores canções de amor do ano); e já no finalzinho do disco: E Se Não Der. Enfim um grupo de rock de qualidade e com conteúdo.



#07 - Ponto Enredo (Pedro Luis e a Parede)

O Plab soa menos samba neste novo trabalho, mas não menos interessante. A produção é assinada por ninguém menos que Lenine. Com participações especiais de Zeca Pagodinho (Ela tem a Beleza que Eu Nunca Sonhei) ; Roberta Sá (Luz da Nobreza) e o próprio produtor (4 Horizontes). Após um jejum de 7 anos, eis mais um trabalho de qualidade dos cariocas.




#08 - Quando o Canto é Reza (Roberta Sá e Trio Madeira)

Até agora Roberta Sá não errou em nada, são quatro álbuns excelentes. Em seu terceiro disco (de estúdio), ela contou com a luxuosa participação do Trio Madeira e o repertório do sambista baiano Roque Ferreira. Um disco para ser apreciado, com arranjos ricos e produção impecável. Ouçam: Chita Fina; Água da Minha Sede; Tô Fora e Xirê.


#09 - Las Venus Resort Place Hotel (Cibelle)

Cibelle se jogou no brega, flertou com o circense, namorou a tropicália e ainda se tornou Sonja Kahalecallon, recepcionista de um resort intergalático. O seu terceiro álbum é completamente diferente do antecessor e genial na mesma medida. Destaques para: Lightworks; Frankestein; Escute Bem e Sapato Azul.

P.S.: Dá uma sacada na arte da capa, tinha de ser Cibelle, FODA!!!



#10 - Vermelho (Nina Becker)

Longe da Orquestra Imperial, Nina Becker lançou seus primeiros trabalhos: Azul e Vermelho. O resultado: dois agradáveis e delicados álbuns, como sua voz. O balanço, samba-canção, de Toc Toc é para dançar a dois, de preferência a beira-mar. Atenção para De Um Amor em Paz e Lágrimas Negras.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

De Volta ao Ar

Depois de um longo e nem tão tenebroso inverno

Salve, salve bloggers de plantão! Estou de volta, mais uma vez. De antemão comunico-os que não foi uma escolha minha sair do ar, mas sim do todo poderoso Google e (mais precisamente) por infringir as leis de diretos autorias dos EUA. Andei afastada da blogosfera, sem muito estímulo e ânimo, mas, dados os meses de distanciamento, eis que retornei. It's Britney, bitch!

Minha vida neste período away não foi tão undergound quanto a dos mineiros chilenos, mas teve lá sua porcentagem de obscuridade (piano ao fundo, começa Love By Grace). Como não estamos em programas vespertinos de sensasionalismo, nada de chororô. O fato é que eu voltei e pretendo ficar um bom tempo por aqui, ou ao menos até violar as leis de diretos autorias norte-americanas, mais uma vez.

Falando em direitos autorais, você que ainda não viu o documentário RIP!: A Remix Manifesto recomendo. O ciberativista (sim, hoje em dia tem "cyber" pra tudo) Brett Gaylor, discute sobre o tema da propriedade intelectual, direitos autorais, downloads, compartilhamentos de informações e remix, isto é, todos os assuntos pertinentes no mundo do homem atual. Para debater esse tema delicado, Brett contou com as presenças do Gilr Talk, (dj e produtor musical) Cory Doctorow (criador do Creative Commons) e, o então ministro da cultura, Gilberto Gil.

O documentário canadense de 2008, feito todo a base de colagens, ou "mash-ups", pode ser baixado no site, que ao melhor estilo Radiohead com o In Rainbows (2007) o internalta paga o preço que quiser pelo mateiral. Há ainda a possibilidade de assitir online, pelos sites do youtube e vimeo, ambos contendo legendas embutidas. Bom, era isso, três links "comprometedores" já são suficientes para começar com o pé direito!